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A Repercussão Subjetiva dos Acontecimentos: Ecos que Persistem no Tempo

  • anajuliahspsi
  • 1 de jul.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 12 de ago.

Assim como a gota que cai no lago gera ondas que se espalham, se encontram e se transformam, os acontecimentos da vida deixam marcas que reverberam na subjetividade. Na experiência psíquica, nada é absolutamente isolado: cada vivência — por mais banal que pareça — inscreve algo no sujeito, e essa inscrição ecoa, retorna, ressignifica-se ao longo do tempo.


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Freud já nos alertava sobre a atemporalidade do inconsciente: os acontecimentos não desaparecem, mas permanecem como traços, prontos para serem reativados por outras “quedas”, por novas experiências que, de alguma forma, tocam o que já foi vivido. O sujeito não responde ao presente apenas com o presente; ele responde com seu histórico de marcas, com o entrelaçamento das gotas que já caíram e com as que ainda cairão.


A metáfora do lago nos permite pensar que nenhuma gota é insignificante. A menor perturbação pode desencadear uma rede de sentidos e afetos, muitas vezes inconscientes, que se manifestam como sintomas, repetições ou fantasias. A psicanálise nos convida a escutar o sujeito por essas reverberações — nos sintomas que carregam ecos de vivências anteriores, nos lapsos que denunciam desejos recalcados, nas palavras que se repetem como ondulações.


Cada gota, cada acontecimento, não chega a um eu já pronto, mas a um sujeito em constante movimento. Às vezes a vida se apresenta como gota, outras como cachoeira — ora discreta, ora avassaladora — mas sempre como força transformadora. A subjetividade não é estática: ela pulsa, balança e se reorganiza.


E assim, mesmo quando a dor parece imobilizar, a queda de uma nova gota pode abrir possibilidades de deslocamento, de elaboração, de reencontro com o desejo. Porque, como na água, a vida no psiquismo não se estanca. O tempo subjetivo é feito de ondas que insistem, se entrelaçam, retornam — e que, quando escutadas, podem se transformar.


As sessões de psicoterapia aparecem como gotas que permitem pensar esse enlace psíquico, operando na busca por produzir novos modos de ser e se relacionar com a vida, com menos dor e mais empatia.


Vamos juntos?


 
 

Psicóloga Clínica

Ana Julia Hermes

CRP 07/41952

R. Cinco de Abril, 634 - Sala 201 - Rio Branco, Novo Hamburgo - RS, 93510-036.

Contato: (51) 99804-0940

anajuliahspsi@hotmail.com

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